Por amor as causas perdidas
Há quem tenha medo de arriscar, de se envolver
em nós apertados e perder o controle do tempo que vem depois.
Medo mesmo a gente deveria ter do incompleto,
daquilo que quase foi e que fica martelando dentro do peito com mil pontos de
interrogação.
Deveríamos ter medo de pouca vida, de emoções
contidas e desejos reprimidos.
É tanta história que se perde entre nãos e
suposições, entre a falta de certeza, de clareza das palavras e franqueza no
olhar que chego a lamentar as causas perdidas.
Olha, não é por piedade, mas quem já perdeu o
que nunca mais poderá ser recuperado merece da vida um abraço apertado e amor
pra curar. Cada um sabe a perda e o peso que carrega. Só não sabe até quando ou
se um dia vai passar.
Pensamentos assim como o vento são
imprevisíveis. Alguns desaparecem e outros jamais são esquecidos. Geralmente os
que doem mais, as perdas irreparáveis. Fragmentos de nós que ficam pra trás
quando já não á tempo de voltar. A vida não para, lembra? Não se pode pedir
calma.
Seja a hora ou o amor da sua vida, perder nunca
será bom. Nada que é arrancado da gente pode ser. Sei lá, de certa forma o que
se perde fica pra traz e a vida segue do mesmo jeito. As vezes um pouco sem
jeito, mas segue do jeito que dá, faltando pedaços, cambaleando entre um passo
e outro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário