AQUELE APERTO NO PEITO
Talvez lá no fundo, atrás daquele
sentimento ameno de que tudo está como deveria ser, exista a inquietação que
não te permite cessar a busca.
Quando o olhar se perde no
infinito e o sorriso precisa ser lembrado que seu dever é estampar o rosto,
vale repensar se as coisas estão mesmo em seu lugar.
Devagar o mundo muda. A gente
muda também.
Talvez você perceba que é outro e
que está á quilômetros de distância daquela pessoa munida de felicidade que um
dia foi. Ou quem sabe seja tomado pela certeza e lucidez de que a vida foi
boa demais com você.
Sim. São os momentos de reflexão
que surgem como um aperto no peito, uma inquietude que precisa ser ponderada. É
o intervalo que se instala para que a gente entenda se deve dar meia volta ou
seguir adiante com passos firmes e seguros. Às vezes não tão seguros assim.
Talvez você se pergunte o que
acontece quando não se atende a este aperto no peito. A ninguém cabe a
definição das coisas, mas ouso achar que a gente se perde da gente mesmo e fica
por aí, como quem não enxerga o colorido do mundo. Por isso, meu conselho: não se perca.