Era pra Sempre
Aquela
história de que era pra sempre, fica guardada em algum lugar que a gente sabe
onde fica, mas não quer mais encontrar. A gente se depara com aquela frase boba
que insistia em dizer que jamais faria sentido. O pra sempre, sempre acaba.
Mas
como se não bastasse esse choque de realidade, você descobre e vivencia que o pra
sempre não acaba em sincronia com o outro. Ele é solitário. Sempre deixa alguém
com um “pra sempre” pulsando vívido no coração.
E
é um pulsar insistente, que grita e arde pra não se deixar esquecer. Amar
sozinho é enfermidade que não tem remédio, não tem diagnóstico confiável. O que
resta, é confiar no tempo. No imprevisível e abstrato tempo.
Confiar. Está aí a
palavra que todo aquele que já sofreu desconfia.