Eu sempre gostei de aprender. Desde criança o novo me surpreendia. Sentia aquela vontade de me empenhar a fazer algo da melhor forma. Melhor e diferente dos outros.
Muita gente á assim. Isto é ser humano. É querer ser alguém, e não apenas mais um. É querer ser útil. É entender e mostrar “à que veio”.
Acontece que o tempo vai passando, você vai crescendo, vai se decepcionando, vai amando, e aprende a odiar também.
Daí surgem os aprendizados que a gente não quer aprender, mas que são empurrados goela abaixo. A gente engole o orgulho, a personalidade e não tem outra opção além de continuar.
É difícil aprender que às vezes a gente precisa dizer não quando gostaria de dizer sim, e que é preciso dizer sim quando sua voz deseja, arde por um não gritado e veiculado em rede nacional.
Dói aprender a abaixar a cabeça. A recuar o passo. A entender que você não pode ir além.
As pessoas te recitam discursos prontos, frases de efeito desenhadas com grafite na cor dourada. “Você pode, você é capaz, basta acreditar nos seus sonhos, ser feliz depende de você”. Não. Ser feliz não depende só da gente mesmo. Quem foi que inventou essa nuvem de pensamentos cor de rosa?
A gente precisa mesmo é aprender a viver apesar de. A gente precisa aprender a engolir o orgulho e aprender a vomitar a verdade às vezes.
Equilíbrio, esta é a palavra. Pé no chão é o complemento.