Doses de amor, por favor.
A gente se acostuma com amor, com amor em excesso, não em recesso. Dar e receber amor vicia, e é o tipo de vício que faz você ter medo de reabilitação.
Amor em excesso, se é que amor pode ser excessivo, é o vício que te envolve, que permeia todos os cantinhos da sua vida e vai infiltrando na sua história de um jeito intrometido e folgado. Amor não tem educação. Chega como quem não deve satisfação a ninguém. "Chega chegando" sem ter vergonha na cara.
Ele é tão argucioso, que te faz perder a noção de início e fim. Tudo fica com jeitinho de ser amor antes mesmo de você pensar que poderia ser.
É o sentimento cheio de confusões que te dá uma única certeza: Se é amor não existem dúvidas. Você fala, você afirma, confirma e grita pra quem quiser ouvir. E se não quiser ouvir, não tem problema. Quem ama não está nem aí para a insignificância de quem não acredita neste sentimento.
Eu também não creditava nessa história. A gente cresce escutando contos de fadas e depois aprende que eles não existem. Sim, contos de fadas realmente não existem. Mas a vida real... Humm... Ela pode ser muito melhor.
Porque quando existe amor dentro da gente, ser feliz fica simples demais. Eu amo você, você me ama, que é igual a “a gente pode ser muito feliz juntos”.
Só é aterrorizantemente triste pensar que em alguns "contos de realidade" o amor acaba e que isso na maioria das vezes não acontece para os dois. Amar sozinho não deveria ser permitido.
Se hoje eu pudesse realizar um desejo, seria este: Por favor, doses de amor ao mundo e algemas para unir eternamente os corações.