Plenitude e Amor
Foi quase sempre assim. Aquele emaranhado de tecido
branco, sempre tão brilhante e tão puro nunca passou despercebido por mim.
Uma paixão que surgiu em algum momento em que eu não
posso recordar. Talvez tenha se originado dos contos de fada, dos finais “felizes
para sempre”, das princesas e dos príncipes que eu lia nos livros infantis.
Acho ainda que desde muito pequena eu entendia que
não era apenas um vestido, que não era apenas a cor branca que se destacava de
longe entre qualquer outro modelo na vitrine. O que me encantava mesmo era a Plenitude.
Era o significado de todo aquele tecido caro, de todas as pedras bordadas à mão, de todo o tempo e investimento.
Vestidos de noiva eram especiais. Eram únicos. Eram o símbolo de uma história. E desde então,
pra mim, passaram a representar o amor, a decisão da união e o fim de uma fase
que eu naquele momento ainda não podia imaginar como seria.
Foi muito pequena que eu entendi que vestidos de
noiva eram uma espécie de portal. Era o lugar em que toda garota gostaria de
chegar. Não falo de todo aquele tecido branco. Falo de Plenitude e Amor.