E você olha pro céu. Não para agradecer, mas para o dia
nublado e sem cor que te dá a certeza de que é ele, sim, é Ele. Porque seu coração
continua feliz mesmo sem o sol, e continua saltitando como uma criança com
brinquedo novo e ao mesmo tempo, calmo como um dia de férias ao balançar de uma
rede de descanso. Dentro de você toca uma música doce e serena de John Mayer. As batidas do coração, o barulho do vento nas árvores, tudo dança no mesmo compasso.
Você olha pra ele e ele sorri.
Simples como caminhar, mas intenso, vivo.
É incrível sentir o inexplicável. É bobo e é complexo.
E quando ele, lá das alturas te
abraça e te faz flutuar numa tentativa, talvez, de chegar ainda mais perto, você
agradece a quem quer que seja por estar ali, com ele, naquele momento.
Ele passa as mãos no cabelo num gesto habitual e
você acompanha com os olhos, cada fio. E você pensa: Ele é bonito demais pra alguém
com o coração tão lindo também. Sem drama, tenho certeza que isso é poesia.
E então você acredita, a vida gargalhou
pra você, mesmo.
É lindo, eu sei. Mas toda essa perfeição, acredite, vai te decepcionar muitas
vezes, e você vai odiá-lo por isso, muito.
Talvez odeie por uma hora ou quem sabe duas quando a raiva for daquelas bem grandes, mas vai passar. Porque você o encontrou. Entre tantos outros você o reconheceu e isso explica tudo. Uma explicação que só vocês dois entendem. Um enigma desvendado, abstruso, acabado e afável.
Talvez odeie por uma hora ou quem sabe duas quando a raiva for daquelas bem grandes, mas vai passar. Porque você o encontrou. Entre tantos outros você o reconheceu e isso explica tudo. Uma explicação que só vocês dois entendem. Um enigma desvendado, abstruso, acabado e afável.
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