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Letra a letra e as aspas e reticências que a vida tem serão esboçadas aqui. Por quê? Já dizia Clarice Lispector, "Porque há o direito ao grito. Então eu grito". Só quero dividir as doçuras e azedumes, as rosas e espinhos que vou encontrando na Roseira da vida. Rosas pra você.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Elas

A cada dia que passa e a cada enrascada em que me meto, sinto mais saudade das minhas amigas. Aquelas que faziam parte do clube, que guardavam todos os meus segredos, que juravam amizade eterna. Entre nós, não se julgava um sorriso. Não se duvidava da sinceridade de um convite. Não existiam dúvidas.
Éramos fiéis umas as outras. A confiança de estar ao lado de quem lhe amava era certa e constante entre nós. Tenho tanta saudade Delas, mas não aquela saudade que dói. É saudade nostálgica, aquela que às vezes é bom sentir.
Talvez a lembrança não seja apenas de minhas amigas, mas daquele tempo em que se podia fazer a festa do pijama e falar sobre meninos até o dia nascer. Podíamos rir a noite inteira, e cantar desafinadas sem se preocupar. Não conhecíamos o significado da palavra preocupação. Sonhávamos com o futuro, com a profissão, o primeiro namorado, o casamento e tantos outros sonhos, doces e puros.
Trocávamos cartinhas, trocávamos roupas e até as famílias às vezes. Um fim de semana era pouco para tudo que precisávamos fazer e articular. Até as férias de verão eram pequenas demais.
Hoje me sobram eventos sociais, reuniões, confraternizações que jamais chegarão aos pés das nossas “festinhas”.
Nos palcos montados, onde representar papéis é habitual, me contento com caras amarradas, sorrisos forçados, incompatibilidade e indiferença. Preço alto a pagar. A vida segue, e a gente evolui. Será?

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