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Letra a letra e as aspas e reticências que a vida tem serão esboçadas aqui. Por quê? Já dizia Clarice Lispector, "Porque há o direito ao grito. Então eu grito". Só quero dividir as doçuras e azedumes, as rosas e espinhos que vou encontrando na Roseira da vida. Rosas pra você.

sábado, 28 de maio de 2011


Lado a lado

Frio, silêncio e escuridão. Estive refletindo sobre muita coisa hoje e me confrontei com a verdade de que estas três palavras não são tão assombrosas como eu as imaginava.
É constrangedor quando você percebe que se acostumou com situações que antes lhe causavam buracos no peito. Eu tinha calor suficiente pra aceitar um longo inverno dentro de mim e isso era forte demais para ser ignorado.
Mas com o tempo você acostuma. Afeiçoa-se a salas de estar vazias, com o eco da TV, com os passos solitários, com as alegrias não compartilhadas.
E você aprende a vibrar com as conquistas e a comemorar loucamente sozinha.
Salas de estar vazias já não são mais tão frias, e a escuridão dos ambientes até te fazem companhia, te abraçam no aconchego do sofá em uma quinta feira ingrata.
Acontece que, enquanto o mundo grita e esperneia lá fora é preciso calar aqui dentro. É preciso sentir. E a gente aprende a fazer tudo isso sozinho. E espera o som de outros passos a caminhar lado a lado, mesmo que ainda em silêncio.
Eu admito, acostumaria ainda mais rápido com a companhia de passos a caminhar comigo na mesma direção.

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