Fui ser Feliz e não volto
Eu quero tudo e quero agora. Não tenho tempo para amanhã, porque amanhã posso não ser mais eu. Posso ter mudado de jeito, de opinião, de coração.
Quero tudo que é bom. Não pense que isso é mimo de menina grande. È só medo. Medo de enfrentar a decepção e o tarde-demais.
Odeio ouvir que é tarde demais e de sentir que é tarde demais. Já sentiu isso? A sensação de que se foi, de que já era? Cruel aceitar que poderia ter sido, mas agora já passou, se foi, acabou.
Já cheguei tarde e não quero mais me atrasar. A vida que me ature, sempre com uma hora de antecedência e com evento marcado para hoje sem falta. Minha agenda tem 365 dias, que começam de manhã e terminam logo à noite. Odeio esperar. Adiar então, é castigo que eu não gosto de me submeter. Não sou intransigente, sou (apenas) urgente. Posso ser intensa também. Mas isso só às vezes, só quando vale a pena.
Não gosto do morno. Pode ser frio ou quente, preto ou branco. Não me venha com nuances e degrades. Não quero isso, dispenso. Tem que ser ou não ser. E isso é simples.
Viver tem que ser perturbador. Tem que mexer com a gente e chacoalhar os sentimentos. Perdemos tempo demais com futuro, e ele nem sempre acontece. O presente é agora, e por falar nisso, eu já estou atrasada. “Fui ser feliz e não volto”.
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