Talvez já tenha acontecido com você. Existem notícias que desabam. Despencam às 5 horas de uma tarde que só pedia para terminar como todas as outras. Sem grandes acontecimentos, sem fibrilações desacertadas.
Sabe aquele momento em que você recebe uma notícia e a partir daquele conjunto de palavras vomitadas tudo congela? Congela o seu corpo e as pessoas em volta, que passam a ser meros figurantes da sua crise de mundo perfeito.
Digo crise de mundo perfeito porque o mundo não é e nem chega perto de ser um mar de rosas. Crise, porque já estamos calejados de saber que notícias ruins podem e irão chegar a qualquer momento. Seja em dia de festa ou de profundo pesar.
Notícias ruins não chegam para avisar, alertar, dar sinais. Notícias ruins simplesmente chegam. Chacoalham você e exigem reações e decisões racionais. E cretinamente, é nesta hora que você vai faltar com você mesmo. Você vai se abandonar, vai fraquejar e como uma forma de regressão a quem você era a 20 anos atrás, você se entrega ao choro.
Alguns lutam, mas morrem por ondas covardes que engolem e carregam para as profundezas de lugares que se desconhece.
Náufragos sentimentos. E daqueles que sobrevivem, espera-se somente que, um dia possam se aproximar do mar sem a terrível recordação.
Tempestades passam, calmarias se instalam. E os sentimentos sobreviventes tentam recomeçar.
Bem longe do mar.
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