Da Janela
Tenho andado escondida entre os móveis da sala e uma janela incrível de
vista infinita, privando-me de pensar demais sobre que lugar ocupo no mundo ou
sobre o grau de solidão que me permiti alcançar.
Tenho andado perdida no presente por estar presa em um futuro incerto como
quem acorda no meio da noite e vaga pela casa procurando o sono que foi embora.
De tudo e apesar de tudo, o que me faz acreditar estar correta é a
certeza de andar. Com passos lentos, poucos sentimentos e fracas
emoções, mas estou andando. Porque pior do que não saber o que fazer é desistir
de fazê-lo.
Agradeço quem criou a vista infinita que me acalenta todas as noites.
Saudades
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