Vazio Transbordante
Entre o abrir de olhos pela manhã e o
último pensamento do dia, existe o apanhado de tarefas que devemos cumprir.
Essa mistura louca de coisas, obrigações e prazeres que se instalam e que
instalamos na vida da gente.
Falta tempo. As horas tem menos
minutos. Os ponteiros correm mais rápido. O tempo passa e a gente não vê. É difícil distinguir se você foi levado
ou se deixou levar. A questão é que as coisas não estão mais como eram antes.
O vazio se instala naquele momento
lúcido em que você finalmente respira e é surpreendido com um golpe doloroso de
realidade.
Quer saber o que dói mais? No vazio
cabe uma infinidade de coisas. Mas nada se acomoda do jeito que deveria. Nada
completa. Preencher vazios é como tentar subir uma escada rolante ao contrário
ou encher com água um copo furado.
Esse vazio, superlotado e
transbordante. Cheio de nada.
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