Eu volto
Perguntaram-me como estou.
Respondi sem rodeios: Estou indo.
Indo para algum lugar que
entenda minha pressa de viver e minha ingênua liberdade impregnada, cravada no
meu peito.
Não escolhi ser assim. Apenas
recebi essa sentença. Recebi a ordem de não aceitar o domínio, de não baixar a
cabeça para aquilo que não me faz bem, de não me aliar ao que me retém.
Aqui são tantas regras, setas
apontando para lugares que não são meu cais. São frases imperativas sem
sentindo que eu não consigo entender, que eu não consigo aceitar.
Estou indo para onde haja sol
nos dias de chuva. Sol, estrelas e flores, tudo dentro de mim. Indo para o
encontro com a paz e o aconchego, para o desejo de dias mais favoráveis.
Levo na bagagem meus sonhos e a saudade de tudo que ficará para trás. Volto quando me curar.
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